Laura Proença lembra com carinho de sua última novela, Duas Caras (2007), de volta ao ar no Globoplay. Vesga, sua personagem, teve final feliz na trama de Aguinaldo Silva, com direito até a casamento coletivo com Dagmar (Alexandre Liuzzi). Depois desse trabalho, ela ainda fez a minissérie Cinquentinha (2009) até decidir dar uma pausa na carreira para se dedicar exclusivamente à maternidade.
Foi nesse período, logo após o nascimento de seu primeiro filho, Leonardo, que a artista foi diagnosticada com síndrome do pânico. Em papo com o Gshow, Laura faz questão de frisar a importância de se falar cada vez mais sobre a saúde mental das mães.https://tpc.googlesyndication.com/safeframe/1-0-38/html/container.html
“Decidi me dedicar à maternidade durante os primeiros anos do Leonardo, meu filho mais velho, que agora está com 10. Além da dedicação maternal, desenvolvi síndrome do pânico, algo totalmente novo e misterioso para mim (ainda mais há 10 anos, quando ninguém falava disso). Um assunto tão sério e tão importante de ser debatido, porque muitas mães têm diversos sintomas relacionados à saúde mental, ao emocional, mas quase não se fala sobre isso. Sempre romantizam a maternidade.”
“Precisamos falar a verdade, todas as dores e maravilhas de ser mãe. Enfim, fiz tratamento durante um ano e meio e me curei, mas achava que não teria saída para mim, sabe? Foi desesperador! É uma questão grave, a saúde mental precisa ser levada a sério. Agora vejo muitas ações chamando atenção para o assunto.”
Laura Proença conta bastidores de ‘Duas Caras’ — Foto: Fabiano Battaglin
Passada a fase turbulenta, Laura deu à luz Bernardo, seu segundo filho. E, com a vida estabilizada, resolveu que era hora de voltar à cena: “Eu estava mais adaptada à situação, àquele contexto e pude retornar aos palcos.”
“Quando ele tinha mais ou menos 1 ano de idade, eu já estava com os dois na estrada fazendo a peça ’50 Tons de Loucura’ pelo Brasil e dividindo o palco com o querido Anselmo Vasconcellos. Foi uma experiência maravilhosa para todos nós, porque eles vivenciavam meu lado mãe e artista, subiam no palco ao final dos espetáculos, era uma farra na coxia! Até meu marido, que não é do meio artístico, ajudava na produção e assim nos mantínhamos mais unidos do que nunca.”
Segundo Laura, a pausa na carreira foi fundamental para o seu processo de retomada à vida artística.
“Para que eu me sentisse à vontade, mais segura em relação à maternidade e à volta ao trabalho, que para as mães é sempre um pouco angustiante e principalmente para as que, assim como eu, sofreram com o pânico. Por isso, sempre que posso, aconselho, tento ajudar e digo que não podemos sofrer caladas!”, ressalta Laura.