quinta-feira, 06 fevereiro 2025

Cenário Preocupante: Secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondonópolis avalia Impacto do Fenômeno El Niño na Agricultura Mato-Grossense

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O secretário de Desenvolvimento Econômico de Rondonópolis, Alexsandro Silva, realizou uma análise detalhada dos últimos dados fornecidos pelo Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA) e expressou sua preocupação diante do cenário desafiador que se desenha em virtude do fenômeno El Niño. Este fenômeno, conhecido por alterar a distribuição de umidade e as temperaturas em várias partes do planeta, impactou significativamente o estado de Mato Grosso.

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Como o maior produtor agropecuário do Brasil, Mato Grosso destaca-se na produção de soja, milho, algodão e pecuária bovina. O El Niño atingiu o estado em um momento importante, durante a safra da soja, que desempenha um papel fundamental na balança comercial mato-grossense.


Segundo os dados atualizados pelo IMEA até a última sexta-feira, 65% da área plantada já foi colhida na safra 2023/2024. No entanto, os resultados revelam uma situação desanimadora. Na safra anterior (2022/2023), a produtividade média foi de 62,30 sacas por hectare. Este ano, registramos uma queda significativa, atingindo 52,81 sacas por hectare, representando uma redução de mais de 15%.

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Outro ponto de preocupação é o preço da soja, que apresenta uma queda de mais de 35% desde fevereiro do ano passado. Enquanto em 23 de fevereiro de 2023 a saca era negociada a R$145,66, na última sexta-feira (23) o preço médio no estado estava em R$94,55, conforme relatório do IMEA.
Se essa tendência persistir, o estado pode enfrentar um impacto significativo em sua economia, resultando na redução da circulação de dinheiro proveniente da produção agrícola. Cidades com forte protagonismo na agricultura, especialmente aquelas que compõem suas matrizes econômicas em torno desta atividade, podem ser particularmente afetadas. Mesmo cidades como Cuiabá e Rondonópolis, menos dependentes da agricultura, não escaparão totalmente ilesas.


A combinação dessas variáveis – queda de 15% no volume e 35% no preço – pode resultar em uma redução de quase 45% no faturamento da safra deste ano em comparação com a anterior. Uma situação que demanda atenção e ação estratégica para minimizar os impactos sobre a economia do estado.

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Fonte: Alexsandro Economista

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